O que nos eterniza é a docência, ensina o professor Mário Sérgio Cortella
Os desafios da educação foi o tema abordado pelo professor Mário Sérgio Cortella para as 1800 pessoas presentes no evento Café com Cultura promovido pela Pastoral da Educação e Ensino Religioso da Diocese de Campo Limpo.
Na abertura o Bispo Diocesano, Dom Luiz Antônio Guedes, acolheu e abençoou a todos e desejou que o encontro fosse proveitoso para que o entrelaçamento fraterno de todas as pessoas preocupadas com os rumos da educação seja fortalecido por ações fraternas em toda sociedade.
Ao falar sobre a Pastoral da Educação e do Ensino Religioso, Dom Carlos Lema Garcia, Bispo responsável pelo Vicariato Episcopal para a Educação e Universidade da Arquidiocese de São Paulo, ressaltou que o professor é fundamental para toda a sociedade. Devemos reconhecer que somos o que recebemos dos nossos professores. A vocação do educador é muito importante para a sociedade, para a família, e a Igreja valoriza isto. Esta homenagem aos professores é mais que justa.
Mario Sérgio Cortella, filósofo, escritor e professor há 45 anos, com muito bom humor e sorriso sempre estampado no rosto, fez a plateia sorrir e se emocionar. Utilizando apenas microfone, em uma hora e meia de palestra, poucos, das mais de 1800 pessoas levantaram ou demonstraram distração.
Com o tema “Os desafios da educação na atualidade”, Cortella ressaltou as características desejáveis para bem executar este ofício: coragem, humildade, paciência e nunca resmungar. Segundo ele, estas são as ferramentas necessárias para lidar com um novo tempo na escola, que recebe crianças e jovens inseridos em tantas situações como: famílias desestruturadas; pais com dificuldade em estabelecer regras e disciplina em casa etc. Por isso, pediu ainda atenção, para que a reclamação e a murmuração, não faça parte do cotidiano de nenhum educador.
Durante toda a palestra, Mario Sergio Cortella deu exemplos de situações cotidianas vividas em sala de aula. Refletindo sobre a docência ponderou: “Professor é aquele que partilha o que sabe, procura o que não sabe, pratica o que ensina, pergunta o que ignora e vai em busca daquilo que é a capacidade de não ser exclusivo. Isso é a docência: uma maneira de existir. Não é só uma profissão. Por isso, ela tem em si a palavra doce”.
Ao encerrar a palestra e agradecendo a imensa acolhida disse: “Não pode haver intenção sem dedicação, não pode haver desejo sem esforço: levanta e vai, faça algo, lembre-se de que é proibido resmungar. Jesus de Nazaré ensinou uma coisa: “O verdadeiro líder não forma seguidores, forma outros líderes”; e é assim que vamos permanecer: formando aqueles que continuarão a nossa obra. Por isso, neste dia de Todos os Santos, de um modo respeitoso, porque dos Santos e das Santas todos nós temos algo, que é a capacidade de não desistir, eu quero deixar aqui uma frase para reflexão, de um homem que colocou a vida a serviço, Albert Schweitzer: “A tragédia não é quando um homem morre. A tragédia é o que morre dentro de um homem quando ele está vivo”.
Texto: Andrea Rodrigues dos Santos
Fotos: Pe. Rodrigo Antônio da Silva