Ideologias terminam sempre em ditaduras

É quase consenso no âmbito acadêmico que os escolásticos da Idade Média foram os fundadores da Economia Científica. Ali começaram, por exemplo, os estudo sobre efeitos destrutivos da inflação e como o aumento da circulação da moeda provocava a carestia. A Igreja também denunciava o pecado cometido pelos detentores do capita, que exploravam os mais pobres por meio da usura e de outras práticas desonestas.

Desde então, ao longo dos séculos, a Igreja formou e constituiu uma sólida doutrina social, que não se confunde com várias teorias políticas ou ideologias revolucionárias formuladas por um sem número de “salvadores” da história. Ela poderá encontrar pontos de concordância com os postulados dessas doutrinas sempre que elas tocarem a verdade e quando o que ensinam constroem o bem comum, mas irá denunciá-las sempre que se afastarem destas ideias.

Ao analisar o pronunciamento do Papa sobre Economia, não devemos nos limitar a fazer uma leitura ideológica do discurso. Suas palavras são ditas sempre sob a perspectiva evangélica, do amor ao próximo, da fraternidade.

Caso contrário, corre-se o risco de pensar que o Papa veja o comunismo como melhor interpretação. Nesse sentido, o Papa sinalizou que não são as ideologias que salvarão o homem das injustiças sociais:“As ideologias sempre termina em ditaduras, terminam mal, não servem. Não assumem o povo, por isso, pensem no século passado, em que terminaram as ideologias em ditaduras sempre”, ressalta Francisco.

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